A Casa Branca informou nesta sexta-feira (18) que encontrará rapidamente um substituto – de preferência, um americano – para o presidente do Banco Mundial (Bird), Paul Wolfowitz, que está deixando o cargo. A administração americana tenta reconstruir amizades estremecidas pela controvérsia. Wolfowitz disse ontem que renunciará no dia 30 de junho, depois que sua liderança foi abalada por um escândalo por causa do aumento salarial que ele ordenou em 2005 para Shaha Riza, uma empregada do banco e sua namorada. "Tradicionalmente, um americano é nomeado para presidir o Banco Mundial. Nós queremos ser rápidos nesse processo," disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Fratto.
"Nós queremos ter a certeza que escolheremos o melhor indivíduo para o cargo. Nós queremos alguém que tenha uma vontade verdadeira em tirar pessoas da pobreza." A Comissão Européia pediu por uma rápida nomeação, ao dizer que a instituição, cujo escopo é lutar contra a pobreza, precisa de uma "liderança política estável e forte."
Entre os nomes mencionados para substituir Wolfowitz estão o do ex-subsecretário de Estado Robert Zoellick, que depois foi chefe do Ustr, o escritório comercial dos EUA; Robert Kimmitt, o número dois no Departamento do Tesouro; o secretário do Tesouro, Henry Paulson; o ex-deputado republicano Jim Leach; o senador Richard Lugar, também republicano; Stanley Fischer, que trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI) e agora está à frente do Banco de Israel; e o ex-dirigente do Federal Reserve, Paul Volcker.
A partida de Wolfowitz finaliza um período de dois anos no banco que foi marcado pela polêmica desde o início, por causa do papel prévio dele como um dos estrategistas da Guerra do Iraque, quando trabalhou como o segundo oficial mais importante do Pentágono. Também acaba com uma dor de cabeça para o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que nomeou Wolfowitz para o cargo.
O Banco Mundial, integrado hoje por 185 nações e criado em 1945 para reconstruir a Europa Ocidental depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), empresta mais de US$ 20 bilhões (R$ 39,9 bilhões) ao ano em projetos de fundo social, da construção de represas e estradas, à luta contra doenças e programas de instrução.