O piloto Paulo Nobre, o Palmeirinha, e seu navegador Luiz Palu, encontraram a boa fase na reta final do Rally Internacional dos Sertões. Nesta quarta-feira (02), a dupla venceu pelo segundo dia consecutivo entre os carros completando a sétima das nove etapas, com percurso de 302 quilômetros (126km de trecho cronometrado), entre as cidades baianas Seabra e Brumado, em 1h20min01s. Na segunda posição ficou a dupla Klever Kolberg/Eduardo Bampi (1h20min23s), seguida de Reinaldo Varela/Marcos Macedo (1h20min39s).

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Na classificação geral, porém, Palmeirinha não tem mais chance de título, uma vez que sofreu com uma falha mecânica em seu carro na etapa do Jalapão, no Tocantins, no terceiro dia de prova, e foi penalizado em mais de cinco horas. Mesmo assim, segue motivado para vencer as duas especiais (trechos cronometrados) que faltam. Sua maior vitória até aqui foi ter conseguido convencer uma equipe alemã a participar dos Sertões e trazer uma BMW X3 CC, para ser pilotada por Palmeirinha.

O ‘namoro? com a equipe alemã New Dimension X-Raid começou no Rali Dacar, no início do ano, quando Palmeirinha abandonou a prova na quarta etapa por uma quebra no carro. Ele só não imaginava que da situação ruim, colheria frutos para o futuro. ?Se eu não tivesse quebrado, não teria conhecido a equipe. Há males que vem para o bem. É um sonho poder correr com esse carro?, disse Nobre, que nesta edição dos Sertões pintou o cavanhaque de verde para homenagear o Palmeiras.

Convidado para testar o carro fora do país, o brasileiro se apaixonou pelo modelo. ?Pilotar esse carro era um sonho?, conta. A sintonia com a equipe foi tão grande que após os testes foi contratado para ser o piloto oficial da equipe. Mais feliz ainda ele ficou depois de convencer os estrangeiros a virem ao Brasil. ?Não acredito que deu certo. Gastei saliva, falei tanto do Sertões que venci os ?gringos? pelo cansaço. Eles estão gostando?, comemorou.

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A equipe é composta por sete estrangeiros, entre eles o chefe da equipe New Dimension X-Raid, Sven Quandt, e por dez brasileiros, além de contar com um caminhão oficina, um motorhome para acomodar a equipe durante os nove dias de prova e três carros de apoio. A infra-estrutura da equipe é de primeiro mundo.

Além da oportunidade de pilotar um dos melhores carros de rali off-road do mundo, Nobre comemora possíveis desdobramentos que a vinda da equipe alemã pode trazer para o futuro do cross country nacional. ?O Rally dos Sertões é uma competição forte. O meu sonho é que os gringos se apaixonem pelo evento e voltem em 2007 trazendo mais equipes de fora, outros carros. Acho que a prova está caminhando para isso?, acredita Palmeirinha.

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