Carol Albuquerque é uma das jogadoras mais experientes da Seleção Brasileira de Vôlei. A levantadora, de 29 anos, está se preparando para disputar seu segundo Pan. Em Winnipeg/99, ela conquistou a medalha de ouro.
?O frio na barriga existe em todo atleta. Se não tiver, não é um bom sinal. Quero sair campeã como em 1999. O Pan é a segunda competição em importância para nós – vem depois da Copa do Mundo que classifica para a Olimpíada de Pequim/2008?, diz Carol.
A levantadora classifica a medalha conquistada em Winnipeg como uma das melhores conquistas na carreira. ?A nossa virada contra Cuba na final foi inesquecível. Éramos um grupo jovem, mesclado com poucas veteranas, comandado pelo Bernardinho. Cuba era a grande favorita; ainda tinha estrelas como a Mireya Luiz. Foi incrível! Espero que no Rio seja assim também.
Dos acontecimentos fora da quadra, eram na Vila Pan-Americana os momentos de descontração. ?A Vila era um lugar muito legal, porque sempre tinha gente chegando para descansar ou saindo para jogar?, lembra Carol.
?Tinha atleta que ia só para curtir, porque não tinha nenhuma chance de medalha mesmo. Eu evitava fazer muita bagunça para não perder o foco e desconcentrar, mas lembro que na entrada dos dormitórios sempre tinha alguém jogando cartas. Foi bem divertido.
No Rio, durante as folgas, a jogadora gostaria de ver as competições de tênis e basquete, ?caso os atletas ?top? estejam por lá.
Carol sabe que o favoritismo recai sobre a Seleção Brasileira, e não mais sobre Cuba, como há oito anos: ?Todas sabemos que isso é muito perigoso. Mas Cuba e Estados Unidos são sempre adversários fortíssimos. Mas o Zé (Roberto, técnico da Seleção) está bastante consciente das dificuldades.
O fato de jogar em casa traz aspectos apenas positivos, segundo a jogadora. ?Não tem nada de ruim. Nossas famílias e amigos vão estar perto da gente, e a torcida totalmente a favor?, garante.
A levantadora acredita que a situação da Seleção Masculina, comandada por Bernardinho, é parecida com a das moças: ?Eles são ainda mais favoritos ao ouro do que nós, até porque, no último Pan, em Santo Domingo, eles não ganharam o ouro.
