A Organização Mundial da Saúde fez chegar, no meio da semana, uma informação de alta relevância para a pecuária catarinense: o território do referido estado foi reconhecido como zona livre de febre aftosa sem vacinação. A região centro-sul do distante Pará, por sua vez, foi qualificada como zona livre de aftosa com vacinação.
Um comitê formado por representantes de 168 países referendou os pleitos formulados pelo Ministério da Agricultura em janeiro último. A manifestação está sendo considerada como a reabertura dos mercados tradicionais da carne brasileira, especialmente para o estado vizinho.
Fontes do setor de exportação lembraram que o mercado importador dá preferência e está disposto a pagar melhor pelo produto de origem bovina e suína originário de países ou zonas autenticadas por órgãos internacionais como livres de febre aftosa sem vacinação.
Como se sabe, o Paraná ainda se ressente do embargo parcial mantido por muitos países compradores de carne brasileira, em função da ocorrência de focos de febre aftosa na divisa com Mato Grosso do Sul, algo que o próprio Ministério da Agricultura atualmente considera uma hipótese improvável.
A última vacinação do rebanho bovino catarinense contra a aftosa foi realizada em abril de 2000, e desde então o governo assumiu a decisão técnica e política de não mais exigir a providência.
Os frutos chegam agora com o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde, mediante a concessão do atestado de excelência à carne produzida em Santa Catarina.