A Secretaria de Estado da Saúde começou nesta sexta-feira (17) a campanha “Carnaval e folia com prevenção é só alegria”, que reúne uma série de ações para o período de Carnaval visando orientar a população sobre a prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis. As equipes de saúde vão distribuir 4,6 milhões de camisinhas no Estado. Somente no litoral (principal destino dos paranaenses) serão 600 mil preservativos. O trabalho é feito em conjunto com as secretarias municipais da Saúde.
Em Curitiba, o trabalho começou com a distribuição de preservativos na rodoferroviária, por onde devem passar 29 mil pessoas neste feriadão.
A campanha deste ano é direcionada a jovens de 15 a 24 anos, faixa etária que registrou alto índice de novos casos de aids nos últimos anos. O Carnaval é considerado um período de risco para a infecção por doenças sexualmente transmissíveis. “A aglomeração de pessoas, a ingestão de bebidas alcoólicas e o apelo sexual típico da festa deixam os foliões mais expostos ao risco de infecção”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Controle de DST/aids, Elisete Ribeiro.
O Paraná ocupa o 8.º lugar em número absoluto de casos de aids no Brasil. Atualmente são registrados 1,3 mil casos novos por ano. No Estado, de 1984 até o ano passado foram notificados 26.350 casos de aids. Do total, 96,5% foram diagnosticados em adultos e 3,5% em menores de 13 anos.
Alvos
De acordo com Elisete, a campanha pretende atingir principalmente as meninas adolescentes, pois, na faixa etária de 15 a 19 anos, foram notificados, desde o surgimento da doença, 291 casos de aids em mulheres (57,18%) e 218 em homens (42,82%). Os dados mostram que desde o ano 2000 vem ocorrendo a feminização da aids. Nesta faixa etária existe 1,3 casos notificado em mulheres para cada caso em homem.
Os casos de aids ainda predominam em homens (64,99%) quando se trata dos números totais, abrangendo todas as faixas etárias. No entanto, nota-se que em 2011 a razão caiu para 1,8 casos em homem para cada caso de mulher com aids. No início da epidemia, eram 7,6 casos em homens para cada caso em mulher no Paraná.
A 1ª Regional de Saúde (Paranaguá) apresenta a maior taxa de incidência (33,99 por 100 mil habitantes), seguida pela 9.ª Regional de Saúde (Foz do Iguaçu) com 19,29, e a 2.ª Regional de Saúde (Metropolitana de Curitiba) com 16,31. “Vamos intensificar a campanha nestas regiões para conscientizar a população da importância do sexo seguro”, enfatizou a coordenadora.