O atual presidente do PDT, Carlos Lupi (RJ), que assumirá o Ministério do Trabalho, tem uma trajetória ligada ao partido e ao histórico político de Leonel Brizola. Foi deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro entre 1990 e 1994 e, atualmente, era presidente do PDT. Assumiu o cargo em junho de 2004, após a morte de Leonel Brizola, porque, época, havia sido eleito para a primeira vice-presidência do partido. Depois foi reconduzido ao cargo.
A proximidade com Leonel Brizola começou em dezembro de 1979, quando Lupi era proprietário de uma banca de jornal em Ipanema. Brizola o conheceu quando comprava jornais gaúchos na banca. O primeiro cargo público de Lupi foi em 1982 como coordenador das Regiões Administrativas do município do Rio de Janeiro.
Formado em Administração, licenciou-se do mandato de deputado federal no início da década de 90 para assumir a Secretaria de Transportes da prefeitura do Rio de Janeiro. Depois, entre 1999 e 2000, foi secretário de Governo do estado na gestão de Anthony Garotinho.
Sua nomeação para o Ministério do Trabalho acontece durante a negociação da reforma ministerial, decorrente do governo de coalização do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo nota oficial do partido,a decisão do PDT de aceitar a pasta foi tomada após reunião de Lupi com Lula.
"No encontro, Lula pediu para o partido para escolher entre os Ministérios do Trabalho ou da Previdência. A decisão pelo Ministério do Trabalho foi recomendada pelas bancadas do PDT no Senado e na Câmara, pois os parlamentares consideraram a escolha mais coerente com a história do partido", registra o texto divulgado no site do partido.
