Rio de Janeiro – O empresário de jogos Carlos Cachoeira e o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz se negaram a prestar depoimento na Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco), no Rio de Janeiro. Eles foram intimados pelo delegado Milton Olivier para esclarecer denúncias de corrupção da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj).

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Assessorados pelos advogados, ambos se reservaram ao direito de só falar em juízo. Diniz compareceu à delegacia na parte da manhã, onde ficou por apenas meia hora, e saiu sem falar com a imprensa. Cachoeira esteve na delegacia à tarde e também conversou pouco com o delegado. À saída, limitou-se a dizer que nunca se negou a prestar esclarecimentos à Justiça e afirmou que não é réu no processo e, sim, vítima.

Em 2002, uma câmera escondida colocada a pedido de Cachoeira gravou Diniz cobrando propina, a fim de beneficiá-lo em uma licitação para exploração de jogos no Rio. O próximo a ser ouvido pelo delegado, no dia 9 deste mês, será o ex-deputado Bispo Rodrigues.

O titular da delegacia explicou que as investigações referentes ao inquérito, instaurado na Polícia Civil em fevereiro de 2004, foram retomadas em função da perda de imunidade parlamentar pelo Bispo Rodrigues. O ex-deputado perdeu o direito a foro especial após ter renunciado ao cargo e o inquérito saiu da esfera da Polícia Federal para a da Polícia Civil do estado.

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