Cerca de 600 pessoas, entre famílias de vítimas da violência e cariocas indignados com o assassinato do menino João Hélio Fernandes, de seis anos, que completa uma semana hoje, lotam a Igreja da Candelária, no centro do Rio, onde será realizada uma missa em sua memória.

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Os pais de João Hélio, que foi arrastado por ladrões preso a um carro pelo cinto de segurança, estão na igreja. Ao entrar, os dois, acompanhados da filha Aline, de 14 anos, foram aplaudidos pelos participantes. A mãe do menino, Rosa Fernandes, disse ao chegar que quem tem que "perdoar os assassinos é Deus".

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e a mulher dele, Adriana Ancelmo, foram recebidos pela multidão com gritos de "Justiça". Ele cumprimentou os pais de João Hélio. Além de gritarem por justiça, os participantes da missa entoaram: "O povo unido, jamais será vencido". Também pediram "mudança", fazendo alusão à redução da maioridade penal no Brasil.

Jovita Belfort, cuja filha Priscila desapareceu há três anos (ela teria sido morta por traficantes), disse: "Quando não estou em depressão, participo de todas as manifestações, faço parte de uma família da dor". A estudante Tatiana Taveira, de 20 anos, que participa de uma comunidade no Orkut intitulada "Justiça a João Hélio", contou que, apesar de não ser parente ou amiga de qualquer vítima, acha importante prestar solidariedade e "lutar para que isso não aconteça mais".

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