A carga tributária brasileira subiu de 25,30% do PIB no primeiro trimestre de 1995 para 34,28% do PIB no quarto trimestre do ano passado. O aumento de 35,5% no período é estimado em estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que propõe um modelo simplificado para estimar o indicador por trimestre.
A carga tributária é divulgada por ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como parte da pesquisa de Contas Nacionais, que informa o Produto Interno Bruto (PIB).
Os autores do texto de discussão 1281 do Ipea, Cláudio H. dos Santos e Fernanda Reginatto Costa, divulgado hoje pelo boletim informativo semanal do instituto, propõem estimar o indicador por trimestre a partir da combinação de dados de fontes diversas como a Secretaria do Tesouro Nacional, da Caixa Econômica Federal e do próprio IBGE.
Eles lembram que o Tesouro divulga dados de arrecadação de impostos e contribuições nacionais; a Caixa informa a arrecadação trimestral do FGTS e o IBGE disponibiliza dados sobre impostos sobre produtos em suas pesquisas trimestrais de contas nacionais. Os autores sugerem hipóteses para estimar tributos que não tenham dados divulgados de forma mensal ou trimestral, principalmente estaduais e municipais.
