A carga tributária (somatório dos tributos federais, estaduais e municipais arrecadados) em relação ao PIB ? Produto Interno Bruto do primeiro semestre de 2006 atingiu 39,41% contra 39,16%, no primeiro semestre de 2005, tendo um aumento de 0,25 ponto percentual.
Nos últimos doze meses, a carga tributária foi de 38%, segundo Gilberto Luiz do Amaral, advogado tributarista e presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). ?Tudo indica que o ano de 2006 fechará batendo mais um recorde. Esta estupidez e hipocrisia tributária condena o Brasil ao atraso?.
Ainda segundo o tributarista, as propaladas desonerações tributárias não tiveram impacto positivo para o consumidor, sendo na verdade um grande engodo. Para Amaral, ?não adianta reduzir o tributo sobre arroz, feijão, farinha crus e aumentar a carga tributária da energia, telecomunicações e combustíveis, pois o cidadão necessita destes insumos para conseguir se alimentar e viver?.
?A carga tributária é o principal impeditivo do desenvolvimento econômico: afasta o investimento no Brasil, desacelera o emprego formal e estrangula o setor produtivo?, completa o presidente do IBPT.