Os municípios interessados em participar do Programa Banco de Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome ganharam mais tempo para enviar a documentação. O prazo que venceria na última sexta-feira foi adiado para 24 de agosto. Podem participar da seleção municípios com mais de 50 mil habitantes ou organizações sem fins lucrativos.
Os bancos de alimentos recebem e distribuem doações vindas de restaurantes, de redes de supermercados, centrais de abastecimento, agricultores e da comunidade. O alimento recolhido é distribuído gratuitamente para entidades assistenciais como creches, orfanatos e asilos, por exemplo.
De acordo com a coordenadora geral de Alimentação e Nutrição da secretaria de Segurança Alimentar do MDS, Fátima Cassanti, na primeira fase é necessário apenas preencher os documentos manifestando o interesse em participar do programa. "É fundamental que sejam preenchidos os anexos do edital porque através das respostas desses questionários é que os municípios e demais manifestantes serão selecionados", explicou.
Fátima Cassanti esclarece ainda que até o dia 21 de outubro as propostas terão que ser encaminhadas pelos inscritos e logo em seguida será feita a assinatura do contrato para o repasse dos recursos. Os documentos estão disponíveis para o preenchimento no endereço eletrônico www.mds.gov.br.
O governo deve destinar mais de R$ 4,5 milhões para financiar projetos de instalação, ampliação e modernização dos Bancos de Alimentos. Os classificados serão conhecidos no dia 6 de setembro. A classificação dos participantes será por meio de questões como a densidade demográfica, o percentual de pessoas atendidas pelo Bolsa Família e a existência de outros projetos do Fome Zero como: restaurantes populares, cozinhas comunitárias, compra direta local da agricultura familiar.
Com os rostos pintados de verde e amarelo cerca de 5 mil estudantes integrantes de movimentos sociais estão concentrados em frente à Catedral de Brasília, de onde seguirão para o Ministério da Fazenda e depois para o Congresso Nacional.
Segundo o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Peta, a expectativa é que o ato público reúna cerca de 10 mil manifestantes na Esplanada dos Ministérios.
Peta disse que a manifestação é em defesa da reforma política, pela apuração das denúncias de corrupção no país e por mudanças na política macroeconômica que permitam o desenvolvimento social. "Achamos que a saída para a crise política no Brasil passa por esses pontos", afirmou.
Segundo Peta, o ato representa a volta dos caras-pintadas e é o início, de uma série de mobilizações em todo o país. Ele destacou que os manifestantes não defendem a saída do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do poder, porque isso poderia "abrir espaço para a volta da direita". Os manifestantes gritam palavras de ordem, como "olé, olé, olá, a direita quer voltar; é golpe é golpe, por isso eu vou lutar".
Por causa da manifestação, o trânsito na Esplanada dos Ministérios foi interrompido no sentido rodoviária Congresso Nacional.
O evento é promovido pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), fórum do qual a UNE faz parte, junto com a Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Central de Movimentos Populares (CMP), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Pastoral da Terra, entre outras entidades.