CAPS atende usuário de álcool e drogas em Curitiba

O prefeito Cassio Taniguchi entregou na última quarta-feira o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) Bairro Novo para atendimento de usuários de álcool e drogas. Agora já são nove CAPS no município, sendo um infantil. “Este é o coroamento de um trabalho belíssimo que Curitiba vem fazendo em saúde mental, com enfoque na política de não hospitalização e de reinserção social do paciente, que é o resultado que queremos”, disse o prefeito.

O novo CAPS vai atender pacientes com dependência química que estejam cadastrados em unidades de saúde dos Distritos Sanitários Bairro Novo e Pinheirinho. O prefeito Cassio Taniguchi aproveitou para anunciar que até o final do ano será inaugurado mais um CAPS, no Cajuru, e duas novas residências terapêuticas – as casas onde passam a morar ex-pacientes de hospitais psiquiátricos com longo tempo de internamento.

O CAPS Bairro Novo é uma parceria do município com a Associação Brasileira de Agentes de Saúde em Alcoolismo e Consultores em Dependência Química (Abrasa). A secretária municipal da Saúde, Edimara Seegmüller, lembrou a importância do trabalho em saúde mental com dependentes químicos e anunciou como próximo passo do programa o reforço na atenção à criança e à família. “Mais do que nunca precisamos resgatar os valores da família”, disse.

O presidente da Abrasa, Osvaldino Moreira, disse que o CAPS Bairro Novo é a prova de que o município está enfrentando mais um desafio na política de saúde mental, a reinserção social de dependentes de álcool e drogas, “realizando o tratamento fora de hospitais”. “É uma grande tarefa e Curitiba sai na frente mais uma vez, já que, dos 27 CAPS existentes no Paraná todo, nove estão na capital”, acrescentou.

O CAPS Bairro Novo terá 190 vagas: 40 na modalidade intensiva; 60 na semi-intensiva e 90 na não intensiva. O paciente será atendido individualmente, em grupos e em oficinas terapêuticas. A família receberá atendimento programado. A equipe de profissionais é formada por clínico geral, psiquiatra, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, enfermeira, auxiliar de enfermagem, artesã e agentes de saúde.

Para ser atendido, o usuário deve morar em Curitiba e passar por avaliação na unidade de saúde onde tem cadastro. De lá, será encaminhado para triagem no CAPS, via agendamento pela Central de Marcação de Consultas Especializadas. O paciente será admitido de acordo com a disponibilidade de vagas. O CAPS Bairro Novo fica na Alameda Nossa Senhora do Sagrado Coração, 771, Pinheirinho. A unidade vai funcionar de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h.

CAPS promove reinserção social do paciente

O Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) é uma modalidade de atendimento em saúde mental que visa à reinserção social do paciente. No CAPS, os pacientes participam de atividades terapêuticas diárias (modalidade intensiva), três vezes por semana (semi-intensiva) ou três vezes ao mês (não intensiva). A modalidade escolhida depende da gravidade do quadro emocional do paciente e da avaliação da equipe técnica do centro.

O CAPS Bairro Novo é o nono Centro de Atendimento Psicossocial de Curitiba. Junto com eles, compõem a rede de atendimento em saúde mental as unidades de saúde; cinco pronto-Atendimento (PA), para situações de urgência e emergência; oito ambulatórios especializados, com consultas individuais (em psiquiatria e psicoterapia) ou de grupo; quatro hospitais-dia, para situações de crise aguda, mas o paciente dorme em casa, e cinco hospitais psiquiátricos.

O Programa Saúde Mental do município busca o compromisso, a co-responsabilidade e a parceria com o paciente, a família e a comunidade e a reorganização da referência entre os serviços de saúde de atenção às pessoas com distúrbios mentais. Cria também novas alternativas de cuidados ambulatoriais e de pronto atendimento, reduzindo a internação integral em hospital psiquiátrico.

A porta de entrada é sempre a unidade de saúde, onde o paciente é avaliado e recebe orientação para a seqüência do tratamento. Entre as propostas inovadoras do programa estão as residências terapêuticas, que abrigam pacientes egressos de hospital psiquiátrico com longa permanência de internamento. Na casa, eles vivem de forma autônoma, estabelecendo sua própria rotina diária.  

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