Capital do turismo

O prefeito Paulo Mac Donald Ghisi vetou o projeto aprovado pelos vereadores autorizando a mudança da grafia do nome do município de Foz do Iguaçu para Foz do Iguassu, seguindo a ortografia derivada do modo de falar dos silvícolas que habitaram aquelas plagas antes da chegada de Alvar Nuñes Cabeza de Vaca e outros exploradores.

Pela simples e soberana razão da vontade da maioria dos munícipes auscultados em pesquisa, realizada com o objetivo expresso de saber qual é a opinião de quem realmente deve ser levado em conta quando se procura soluções apropriadas.

Agiu com toda a correção o prefeito Mac Donald que, por via transversa,  estaria também obrigado a passar pelo constrangimento de aportuguesar o sobrenome de origem anglo-saxônica, com o fito de adaptar-se ao espírito tacanho da referida lei?

Passada a agitação que a proposta de mudança do nome causou na comunidade premiada pela beleza indescritível das Cataratas do Iguaçu e o deságüe dessa torrente no não menos portentoso Paraná, extraordinário formador do Prata, impõe-se a necessidade de aglutinar a inteligência local na definição dum sólido projeto capaz de magnificar as atrações turísticas da região.

Decerto há problemas mais urgentes e significativos à espera de solução no município de Foz do Iguaçu, que o retorno do uso da palavra na forma indígena, aliás, influenciada pelo surto filológico do proponente ao convencer-se tardiamente da inexistência da cedilha em outros idiomas.

Que o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, aliando a determinação herdada das cepas forjadas nas longínquas turfas escocesas à bonomia criativa dos habitantes da Bota, torne-se o vetor da arrancada de Foz do Iguaçu para a condição que a cidade sempre mereceu.

Poucas cidades contam com potencial de atrair visitantes do mundo inteiro como Foz do Iguaçu e seu espetáculo natural. Um dos mais importantes pólos internacionais do Brasil, a cidade carece, entretanto, de aprofundar cada vez mais a discussão em torno da indústria turística, sem desmerecer os aspectos históricos, culturais e populares.

Não seria esse o momento ideal para arregimentar a comunidade em torno duma vigorosa proposta da projeção de Foz como capital do turismo nas primeiras décadas do século XXI? 

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