O mercado de seguro rural no Brasil deve crescer substancialmente a partir deste ano, abrindo novas frentes de trabalho para profissionais com formação nas áreas de agronomia, veterinária e engenharia florestal, entre outras. Antevendo este novo mercado, a Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) começa a oferecer cursos de capacitação para os interessados nas áreas de regulação de sinistros.
Os primeiros cursos serão realizados na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba (SP), de 27 a 29 de setembro; em outubro, serão realizados na Universidade Federal de Santa Maria (RS), de 2 a 4 e de 5 a 7, e ainda na Universidade Federal de Viçosa, de 9 a 11 de outubro. As aulas serão ministradas pela empresa mexicana LatinRisk Consultoria Y Serviços Técnicos Em Riesgos Agropecuários (www.latinrisk. com.mx).
A iniciativa é realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg) e com o Banco Central. A meta é treinar cerca de 150 pessoas nesta primeira fase.
O diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural da SPA, Welington Soares de Almeida, afirma que o objetivo dos cursos é capacitar funcionários das empresas de seguros, profissionais que prestam serviços ao seguro rural e ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e ainda professores das universidades. ?Nossa meta é que eles atuem como multiplicadores para estruturação de novos cursos da mesma natureza?, completa.
O setor de seguros crescerá alavancado pelo aumento no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, iniciado no final de 2005 e que deve aplicar R$ 61 milhões em 2006. Além disso, recente decisão do Conselho Monetário Nacional estabelece que, a partir de julho de 2008, a comprovação de perdas no Proagro somente poderá ser realizada por profissionais aprovados em exame de certificação organizado por entidades de reconhecida capacidade técnica.
Para isso, Welington destaca que é importante não só a reciclagem e qualificação dos profissionais que já estão atuando no mercado, mas também o envolvimento das universidades no processo de qualificação dos alunos dos cursos voltados para as atividades rurais. ?Os futuros profissionais devem chegar ao mercado detendo os conhecimentos que lhes capacitem a atuar no mercado securitário, seja ele público ou privado?, destaca.