Governador do Estado de São Paulo, a locomotiva brasileira, Geraldo Alckmin, declarado candidato a candidato à Presidência da República pelo PSDB, embora tanto o Ibope quanto o Datafolha mostrem a superioridade eleitoral de Serra, alerta para o risco de escolher o candidato com base em pesquisas de opinião.
Nada contra a forma peculiar de o governador tirar conclusões pessoais do que lê nas entrelinhas, tendo em vista que as pesquisas reproduzem apenas a opinião do momento da entrevista, mas alguém poderia tê-lo aconselhado a economizar o comentário, em tudo assemelhado ao canto do cisne.
Mesmo estropiado e sem assumir a candidatura e, tampouco abrir mão da solércia, Lula declinou a impressão de que os tucanos deverão optar por Geraldo Alckmin, curiosamente, ao lado do ex-governador Anthony Garotinho, um oponente que vence com certa folga. A afirmação foi feita uma semana antes da publicação das pesquisas, antecipando o acompanhamento que o governo faz das intenções eleitorais.
O conselheiro político do governo, ministro Jaques Wagner, autor da afirmação sobre hipotética desistência de Lula da candidatura presidencial, agora sai a campo para garantir que a vantajosa posição do prefeito José Serra não causou a menor preocupação no Planalto.
Até porque mesmo sem admitir que é candidato Lula teria cacife para anular a diferença, segundo seu ministro de estimação. Nos eleitores entrevistados pelo Ibope e Datafolha, tais declarações do ministro da Articulação Política devem ter causado frouxos de riso.