Por conta das denúncias, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), determinou ao corregedor-geral que abrisse uma sindicância para investigar se procediam ou não as denúncias. Candiota foi a primeira pessoa a ser ouvida por Romeu Tuma. Num depoimento que não durou mais de 30 minutos, no gabinete do senador pefelista, o ex-diretor do BC ressaltou que no dia seguinte à publicação das denúncias telefonou ao jornal para que fosse publicado um desmentido sobre possíveis chantagens.
“Ele (Candiota) esclareceu que em nenhum momento foi pressionado, ou tenha havido tentativas de achaque ou chantagem”, disse Tuma. O ex-diretor do Banco Central evitou a imprensa e não deu qualquer declaração sobre o depoimento. Ele deixou o gabinete por uma saída lateral enquanto os jornalistas o aguardavam na entrada principal do gabinete.
O senador Romeu Tuma pretente ouvir agora a jornalista Sônia Racy, responsável pela reportagem. Ele quer a “colaboração” da repórter no sentido que cite, nominalmente, os oito empresários que estariam sob chantagem de membros da CPMI. “Ela pode resguardar a fonte, mas seria interessante que pudesse nos passar os nomes dos empresários para que pudéssemos ouvi-los”, disse o corregedor.
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