A CBF foi a única confederação nacional a apresentar candidatura à Fifa para se tornar a sede da Copa do Mundo de 2014, mas a entidade máxima do futebol deixou claro: ainda que o Brasil seja o único candidato, depois do abandono da Colômbia, o País somente será designado se mostrar que terá condições de cumprir as exigências do caderno de encargos da entidade em temas como infra-estrutura, segurança e estádios.
"Não há nenhum processo automático que garanta a Copa para o Brasil por ser o único candidato", disse um porta-voz da entidade. Pelo princípio da rotatividade entre os continentes, a Copa de 2014 ocorrerá na América do Sul. Além do Brasil, os colombianos tinham se apresentado como candidatos, mas desistiram na última quarta-feira. A Fifa confirmou nesta sexta-feira (13) ter recebido uma comunicação da parte da Colômbia anunciado o abandono. "Nenhuma razão foi dada", disse a Fifa.
O representante do Comitê de Candidatura do Brasil, Rui Rodrigues, entregou ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, os documentos necessários que oficializaram a candidatura do País. Em julho, o governo terá de enviar uma carta dando garantias de que irá apoiar oficialmente a candidatura e a CBF terá de entregar o plano completo de como pretende organizar o Mundial.
A Fifa então enviará seus técnicos ao Brasil em setembro e tomará uma decisão final em novembro. Apesar de nenhum país poder entrar na corrida pela Copa de 2014, a Fifa reconhece que terá de rever seu processo se, por acaso, o Brasil não cumprir as exigências mínimas. "Se o Brasil não passar nos testes, teremos de ver o que faremos", disse um assessor da entidade.
Blatter já havia dado sinalização semelhante há alguns meses, antes mesmo da desistência dos colombianos. Segundo ele, Estados Unidos, Canadá e Austrália, que se já anunciaram o interesse de receber o Mundial de 2018, poderiam se candidatar.