O horário eleitoral da noite desta sexta-feira (20) saiu da monotonia para entrar da contraposição de idéias, porque os marqueteiros dos dois candidatos decidiram exibir imagens do debate de ontem à noite, realizado pelo SBT. O start da coligação "A Força do Povo" mostrou que seu candidato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cresceu de 60 para 62 pontos percentuais da pesquisa Globo/Ibope do dia 12, para pesquisa do mesmo instituto divulgada no Jornal Nacional desta sexta-feira (20) enquanto Geraldo Alckmin, da coligação "Por Um Brasil Decente", caiu de 40 para 38 pontos percentuais.

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Depois vieram as imagens pinçadas do debate, dando ênfase às propostas da área econômica e da área social. Entre elas, a que o candidato exibe a "humildade" de reconhecer que a economia "ainda não está no ápice, como eu queria, mas o País está pronto para crescer."

Exibindo trechos do debate, a propaganda situacionista procura dar ênfase ao "crescimento econômico com distribuição de renda e como uma política social." E é reforçada pelo depoimento de governadores da coligação eleitos no primeiro turno, reiterando que é preciso manter Lula no governo em razão de sua "competência e sensibilidade com o social." O fecho, o "gran finale" vem ao estilo da propagandas de fim de ano que a globo inaugurou na década de 1970 – o "hoje é um novo dia" -, com crianças, jovens, casais, idosos, o povo enfim cantando e dançando de braços erguidos o mote da campanha petista: "é Lula de novo, com a força do povo.

A equipe de Alckmin também pinçou imagens do debate do SBT, trabalhou testemunhos de que o tucano "venceu o debate" porque tinha conhecimento daquilo que falava , enquanto "o outro tinha decorado" as falas. A propaganda do "Por Um Brasil Decente" deu ênfase nas falas em que seu candidato abordou "o colapso da Saúde", enfatizou a necessidade de cortes nos gastos públicos e de retomada da ética, além de voltar à questão do crescimento.

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"Ele está contente com 2% de crescimento da economia. Eu não. É preciso crescer mais", afirma o tucano no programa que tentou, ainda, num dos "takes" que usou do debate, o apelo à emoção dos telespectadores, quando o candidato recorda sua origem, seu primeiro trabalho para pagar os estudos e o primeiro salário. "É isso que eu quero para o seu filho, para o seu neto", acrescenta Alckmin, falando em oportunidades. Médico, Alckmin diz que "o Brasil está seguindo a receita errada. "Precisa crescer mais", afirma reiterando a necessidade de crescimento. E conclui: "Estabilidade não é plano econômico.