O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disputa, na próxima segunda-feira, a presidência do Senado como candidato único, concretizando um acordo feito há dois anos, numa reunião na casa da senadora Roseana Sarney (PFL-MA), para viabilizar a composição da base parlamentar do governo no Congresso Nacional. Na época, os coordenadores políticos do governo trabalhavam pela candidatura de João Paulo Cunha (PT-SP) à presidência da Câmara e pela de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado.

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Como líder da maior bancada no Senado, Calheiros pleiteava a presidência da Casa. No entanto, o acordo político garantiu à Sarney a presidência do Senado na condição de Renan ser indicado pelo partido para sucedê-lo. Marcada para as 16 horas, a eleição da Mesa Diretora do Senado será precedida de reuniões das bancadas para indicar os nomes que comporão a Mesa Diretora. Pelo critério da proporcionalidade, serão preenchidas as vagas para primeiro vice-presidente, segundo vice-presidente, quatro secretários e quatro suplentes.

Nas reuniões das bancadas, os senadores também escolherão os nomes dos líderes partidários. O PT, por exemplo, deve homologar o nome de Delcídio Amaral (MS) para suceder Ideli Salvati (SC) na liderança do partido. No PMDB, o nome mais forte para ocupar a vaga de líder é do senador Ney Suassuna (PB). O PFL deve manter José Agripino Maia no comando da bancada, o mesmo acontecendo com o senador Arthur Virgílio Neto (AM) no PSDB, enquanto Osmar Dias (PR) sucederá a Jefferson Peres (AM) na liderança do PDT.

Quanto à Mesa Diretora, a segunda indicação cabe ao PFL, que tem 17 senadores. Na reunião da bancada, segunda-feira de manhã, será escolhido o nome que ocupará a primeira-secretaria. O cargo está entre Edison Lobão (MA) e Efraim Moraes (PB). Um acordo que está sendo amarrado entre PT e PSDB ? cada um com 13 senadores ? deve garantir a primeira vice-presidência aos petistas. Pelo acordo, os tucanos indicariam o segundo vice-presidente e o terceiro-secretário.

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Além da presidência, caberia ao PMDB a quarta-secretaria. No entanto, uma composição política poderá garantir a presença na Mesa Diretora de partidos com menor bancada, que, pelo critério da proporcionalidade, estariam fora da composição. Isso, no entanto, depende de um acerto político entre todos os líderes partidários.