O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, em Roraima, acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de cometer crime eleitoral ao usar ato público para pedir votos. O tucano se referiu à participação de Lula, anteontem, em evento em Contagem, em Minas. "Lula pediu votos descaradamente. Falou literalmente que a história iria assegurar mais quatro anos para consolidar a política (de programas sociais). O evento foi todo campanha, com direito a camiseta, faixa e claque", disse Alckmin.
Aproveitando a deixa do petista, que esteve no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Alckmin disse que o governo de Lula faz propaganda enganosa. Durante os seis anos em que foi governador, lembrou Alckmin, o presidente Lula nunca esteve lá. "Não tem problema em ir, mas fazer propaganda enganosa, não dá", afirmou.
Alckmin também lamentou o desligamento do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues – um homem, segundo ele, qualificado e preparado. Para ele, a saída de Rodrigues representa "o ápice" da crise que atinge o setor agrícola.
Durante a convenção tucana em Boa Vista, que homologou a candidatura do governador Ottomar Pinto à reeleição, Alckmin também rebateu as declarações feitas de Lula sobre possíveis mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Antes de mudar a lei, é preciso aprender a respeitá-las. Lula não as respeita e, agora, apenas arranja mais uma desculpa para não fazer o que prometeu. Muda as desculpas, mas não a atitude, que deveria ser de trabalho", rebateu o candidato do PSDB.
Alckmin reclamou ainda das propagandas que o governo federal tem feito em cadeia de rádio e TV e, nas quais, anuncia investimentos em São Paulo, em obras como o metrô e o Rodoanel. "Para o Rodoanel, veio zero de dinheiro", assegurou. "É tudo propaganda enganosa.