O candidato do PDT à presidência da República, Cristóvam Buarque disse ontem, no município metropolitano de Paulista, que o presidente Lula (PT) usa propostas suas no seu programa de campanha à reeleição. "Pior, ele está prometendo fazer coisas que ele mesmo paralisou no seu segundo ano de governo", atacou o pedetista, que faz pregação por uma "revolução pela educação". "O que Lula promete nesta sexta-feira (25), prometeu em 2002", disse, em uma conferência, pela manhã, para professores e diretores de escolas municipais daquela cidade, onde o prefeito Yves Ribeiro (PPS) apóia a sua candidatura.

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No Recife, repetiu a crítica em entrevista à imprensa, na sede do PDT estadual: "O povo não é tolo, percebe quando um candidato não faz as coisas na hora certa", disse. "Ele não fez na hora certa e depois começa a fazer promessas de campanha". Segundo Cristóvam, em 2002 Lula prometeu um programa elaborado pelo pedetista intitulado "Uma escola do tamanho do Brasil". "Dividi os programas, tanto pelos recursos como pela questão legal – o que dava para fazer com recursos do ministério e o que precisava mudar a lei", contou. "O que podia, comecei, como certificação federal do professor, escola ideal (horário integral), erradicação do analfabetismo, modernização da escola. O que não era possível fazer, elaborei projetos para lei, para decretos presidenciais, reformas constitucionais e dei entrada na Casa Civil. Lá ficaram engavetados".

O Fundeb, segundo ele, saiu da gaveta, mais tarde. Outros, como a garantia de vaga na escola para crianças que completam quatro anos, ficaram esquecidos. "Agora ele volta a apresentar em 2006, mas quem garante que ele vai cumprir em 2007?", indagou. "É o mesmo que dizer que a partir do próximo governo não vai ter mensalão".

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