Campanha visa brasileiros soropositivos que vivem no exterior

O Ministério da Saúde vai lançar uma campanha para os brasileiros soropositivos que moram no exterior e que se sentem ?exilados? por causa da doença. O objetivo é levar informações sobre o programa de combate à aids do ministério e lembrar que o Brasil oferece tratamento gratuito e está aberto para receber as pessoas que vivem em outros países.

A campanha deverá ser iniciada nos Estados Unidos e o público-alvo do ministério serão os imigrantes ilegais que moram naquele país. Folhetos informativos sobre o programa brasileiro antiaids serão distribuídos nos hospitais, em postos de saúde e em organizações não-governamentais de ajuda a portadores do vírus HIV. Com isso, o ministério pretende levar informações diretamente aos doentes de aids que procuram o serviço de saúde norte-americano. A Coordenação Nacional de Aids também já disponibilizou informações para esses soropositivos em seu site (www.aids.gov.br/estrangeirosnoexterior).

        A campanha vai tentar reduzir as dificuldades de quem já vive na ilegalidade em um país estrangeiro e que acha que aquele país oferece um tratamento contra a doença melhor do que o existente no Brasil. Por falta de informação, alguns brasileiros que estão fora do País há muitos anos acham que, se voltarem, terão dificuldades para conseguir um bom tratamento no Brasil. ?Temos uma rede de assistência a pessoas vivendo com aids que inclui a distribuição gratuita do chamado ?coquetel? e a realização de exames necessários para o monitoramento do avanço do HIV nos indíviduos infectados?, afirma o texto da internet, assinado por Paulo Teixeira, coordenador nacional de DST (doenças sexualmente transmissíveis) e Aids do ministério. ?Hoje, 100% dos cidadãos brasileiros que têm aids e que buscam apoio nos serviços públicos de saúde recebem, sem burocracias, os medicamentos antiretrovirais?, completa.

        Kondoomu – A idéia de dar assistência aos soropositivos que moram no exterior começou a ser implementada no Japão. No ano passado, o então ministro da Saúde, José Serra, visitou aquele país e lançou a campanha intitulada Kondoomu (camisinha em japonês).

        Mas o objetivo do ministério no Japão não foi chamar os brasileiros de volta ao Brasil e mostrar os avanços do programa de aids brasileiro, mas dar ajuda para que aqueles que contraíram o vírus HIV saibam como procurar tratamento nos hospitais japoneses.

        O governo japonês distribui gratuitamente e sem restrições as drogas contra o vírus, mas nem sempre os dekasseguis (como são chamados os trabalhadores brasileiros) sabem como procurar ajuda porque, apesar de morar no Japão, têm dificuldades para compreender a língua. Para socorrer essas pessoas, o governo brasileiro está treinando agentes para distribuir informação e oferecer ajuda aos soropositivos. Folhetos também foram distribuídos por organizações não-governamentais japonesas e internacionais.

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