Campanha publicitária vai incentivar cidadãos a entregarem armas

A campanha do Desarmamento vai ganhar novos instrumentos para atingir um número ainda maior de pessoas. O coordenador do Programa de Desarmamento do Movimento Viva Rio, Antônio Rangel Bandeira, informou que estão sendo preparados três filmes publicitários produzidos gratuitamente por uma agência do Rio, que começam a ser veiculados em janeiro. As peças publicitárias, segundo o coordenador, vão divulgar o risco que representa ter uma arma em casa.

Um dos filmes vai mostrar um pai que vê os filhos brincando com armas de brinquedo e se questiona sobre o perigo. O outro tratará de uma briga de vizinhos, em que um deles perde o controle e usa a arma. O terceiro mostrará que quem tem arma em casa pode resistir a um assalto sem considerar que os bandidos não têm dúvidas em matar e não costumam agir sozinhos. "São filmes que retratam as pesquisas, de que é uma ilusão pensar que com uma arma em casa a família está protegida. É o oposto, a arma é um enorme risco", explica Bandeira.

Os filmes publicitários levarão, também, a assinatura do Movimento Viva Rio e do Instituto Sou da Paz. Além disso, diversos artistas gravaram um clipe com a música "Entregue sua Arma Agora", de Daniel Lopes e Lucas Duque. Ele será lançado no dia 26 durante um programa de televisão e depois será divulgado em formato menor na programação das emissoras de rádio e tv. O vídeo será vendido também na forma de DVD. Os artistas e os técnicos participaram voluntariamente do trabalho.

Bandeira acredita que por serem artistas bastante populares é possível atingir também os jovens que, segundo ele, não estão muito engajados na campanha de desarmanto. O coordenador do Programa do Viva Rio afirmou que a maioria das pessoas, que entregaram as armas, têm mais de 40 anos. "É verdade que normalmente o jovem não tem arma. O jovem que tem arma normalmente é bandido. Geralmente quem tem arma é o pai, mas tem jovem que tem arma e também os que deveriam convencer o pai a entregar. Nós queremos ver se assim conseguimos abrir os ouvidos dessa moçada para o perigo que é ir numa boate e começa uma briga que ao invés de terminar em olho roxo termina em assassinato", diz.

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