Brasília – A campanha 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, promovida por um grupo de organizações não-governamentais, termina no próximo domingo (10), ao completar 16 anos de existência.
Realizada desde 1991 em 130 países, a campanha tem o objetivo de fortalecer a auto-estima de segmentos específicos de mulheres, como as trabalhadoras domésticas, negras, prostitutas, lésbicas, entre outras, a fim de que possam romper com as situações de violências a que são submetidas.
O período de duração da campanha, iniciada em 25 de novembro, foi escolhido por incluir quatro datas significativas para os movimentos de luta pela erradicação da violência contra a mulher e garantia dos direitos humanos: o Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres (25/11), o Dia Mundial de Combate à Aids (1º/12), o Dia do Massacre de Mulheres de Montreal (6/12) e o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12).
A campanha brasileira começou mais cedo e incluiu também o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro. Marlene Libardoni, diretora-executiva da Agende, destaca a inclusão das atividades do dia 20 de novembro à campanha brasileira: ?Essa proposta de enfocar a situação específica de 16 segmentos de mulheres também foi bastante positiva, repercutiu em vários lugares e atingiu outros setores também".
Os 16 segmentos contemplados na campanha são: lésbicas, meninas, jovens, negras, trabalhadoras urbanas, rurais, domésticas, portadoras de deficiência, mulheres na política, encarceradas, portadoras do vírus HIV, prostitutas, indígenas, idosas, donas de casa e migrantes.
Participam da campanha diversas redes e articulações nacionais de mulheres, de feministas e de direitos humanos, órgãos do governo federal, do Poder Legislativo, representações no Brasil de agências da Organização das Nações Unidas (ONU), além de empresas públicas e privadas.