Os advogados da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição pediram nesta terça-feira (05) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, perca 102 segundos da propaganda no horário eleitoral gratuito. A alegação é de que um programa tucano veiculado no final de semana vinculou a imagem de Lula à de José Genoino, apontando-o como um dos 40 acusados de envolvimento no esquema do mensalão.

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Em seguida, foram veiculadas na propaganda frases de Lula dizendo que preza muito as amizades. "Ninguém deixará de ser meu amigo porque cometeu um erro, porque ficou desempregado e muito menos deixará de ser meu amigo porque eu virei presidente da República", afirmou Lula. Segundo a defesa do presidente, o programa de Alckmin descontextualizou a citação. Os advogados afirmam que, ao dizer que quem cometeu um erro não deixaria de ser seu amigo, o presidente deu uma declaração genérica. "Não disse a que erro, e a que amigos se refere.

Além disso, os advogados dizem que a propaganda tucana veiculou fato inverídico, ao afirmar que "a turma do Lula" quer voltar para o Palácio do Planalto. "Eles (Delúbio Soares, Silvio Pereira e José Genoino) nunca ocuparam nenhum cargo no Palácio do Planalto", afirmou um dos advogados de Lula no TSE, José Antônio Dias Toffoli. "Jamais poderiam voltar pois seria a volta dos que não foram. Foram, isto sim, pertencentes ao Partido dos Trabalhadores.

Os advogados de Lula pedem que Alckmin seja punido com perda de tempo no horário eleitoral gratuito por ter supostamente utilizado recursos proibidos pela legislação, como trucagem e montagem. "Configuram-se absolutamente ilegais os efeitos de trucagem e montagem produzidos na propaganda", afirmam. A perda de 102 segundos equivale ao dobro do tempo usado na propaganda questionada, que foi de 51 segundos.

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