Campanha do PSDB vai explorar violência nacional

Mostrar que a violência que tem tomado conta do Estado de São Paulo é um problema mais amplo e que também atinge o governo federal deve ser um dos pontos trabalhados na campanha do PSDB à presidência. Ainda o descompasso do ritmo do crescimento brasileiro em relação ao crescimento global também deve ser um dos temas da campanha tucana. Em encontro classificado como "informal", a cúpula tucana, formada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pelo governado do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves e pelo presidente do PSDB, Tasso Jereissati, reuniu-se num almoço em Nova York, e ainda que diga que a campanha não tenha sido discutida oficialmente, diz estar otimista sobre "as perspectivas" para a disputa presidencial

Na campanha, que será intitulada "Brasil Melhor" o PSDB vai questionar por exemplo, porque a "economia vivendo céu de brigadeiro, não alcançou os 10 milhões de empregos que (o PT) propunha", avaliou o governador do Estado de Minas Gerais, Aécio Neves. "Apesar dos ventos melhores da economia o Brasil está infeliz e as famílias não estão em paz, acrescentou o presidente do PSDB, Tasso Jereissati. Na campanha, avalia o senador, o PSDB quer levar uma proposta de "País melhor aos eleitores brasileiros"

O governador de Minas afirmou que saiu do almoço com uma análise otimista sobre as chances de Alckmin à presidência. "Lula passará boa parte da campanha tendo de dar explicações à sociedade brasileira. Ele não poderá ser o mesmo Lula da última eleição, que passava de forma superficial por todos os problemas", completou Aécio

Sobre a violência no Estado de São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reiterou a avaliação de que é preciso um "espírito nacional" para o combate à criminalidade. "Todos temos responsabilidades, não conseguimos ainda uma política (nacional) de combate a violência", disse na entrada, para a homenagem ao presidente da Vale do Rio Doce, Roger Aguineli, que será premiado personalidade do ano em Nova York

Aécio classificou as críticas da administração Lula sobre os acontecimentos em São Paulo como um "equívoco pela dimensão da tragédia". Para ele, o governo federal tem tido uma "posição distante" e omissa na questão da violência. "Do Fundo Nacional de Segurança e do Fundo Penitenciário praticamente nada foi transferido para os Estados no último ano. Poderia dizer que este também poderia ser um tema com o qual o governo federal deveria se preocupar", alfinetou. O governador acredita que "o PSDB tem de mostrar ao Brasil porque o PSDB seria melhor do que o PT e mostrar a fragilidade que um segundo mandato do presidente Lula com o PT imerso na crise na qual está com aliados. A governabilidade que o PSDB propõe dará muito mais possibilidade de o País crescer. Esta é a grande agenda: crescimento com melhor distribuição de renda.

Mostrar que o crime organizado em São Paulo tem conexões com facções ligadas ao narcotráfico na América Latina deve ser um ponto trabalhado que o partido irá trabalhar na campanha presidencial. Jereissati afirma que "o Brasil está em perigo (o crime) está ameaçando o estado brasileiro. O Brasil está virando uma Colômbia ainda que com características diferentes". E em determinados aspectos, avaliou o presidente do PSDB, o País compara-se à Itália no período de maior domínio da máfia. Jereissati classificou como uma "leviandade e falta de consciência" as tentativas de politização dos ataques sofridos por São Paulo nos últimos dias

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