Campanha contra exploração sexual será mantida durante todo o ano

Intensificada em todo o país durante os dias de carnaval, a campanha contra a exploração sexual infanto-juvenil "Brasil. Quem ama protege" continuará com suas ações no decorrer do ano junto aos empresários ligados ao turismo. A segunda fase da campanha, que começou em 2004, foi desencadeada neste carnaval e vai até março, informou o coordenador de Ações do Ministério do Turismo, Sidney Alves Costa, em entrevista à Rádio Nacional AM.

"A idéia é conscientizar a população sobre o problema e mobilizar a população para que, sabendo de casos, sabendo de situações de violações, denuncie pelo nosso telefone (0800990500), que é gerenciado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, para que ela possa agir diante desses casos", explicou o coordenador.

Nesta segunda etapa, Sidney Alves Costa disse que a proposta é trabalhar com medidas de conscientização contra a exploração sexual juvenil, com a participação do empresariado do setor turístico e representantes da sociedade civil organizada que aderiram à campanha e às ações do governo.

Na última semana de janeiro, a Secretaria Especial de Direitos Humanos apresentou relatório com um diagnóstico sobre a exploração sexual infanto-juvenil no Brasil. O coordenador destacou que a documentação confirmou uma suspeita do Ministério do Turismo: a prática sexual contra crianças e jovens não é cometida apenas por estrangeiros e não está limitada às capitais de turismo da região Nordeste. "O problema está em todo o Brasil e não pode ser tratado somente em algumas regiões, por isso é que a mobilização de verão e de Carnaval está sendo levada para todas as regiões", afirmou Costa.

A partir de março, o Ministério do Turismo pretende iniciar a terceira fase da campanha com um conjunto de ações em todos os estados a fim de discutir a questão com os agentes e operadores de turismo. Para Sidney Alves Costa, vários fatores levam os adolescentes a entrar no caminho da prostituição. "Pode ser por razões de natureza sócio-econômica ou por agenciamento criminoso. Em algumas situações, nós temos alguns contingentes culturais, pois há uma lógica em determinadas regiões de uma iniciação sexual muito precoce", acrescentou o coordenador.

Ele ressaltou que muitas denúncias recebidas mostram que "as próprias famílias introduzem as crianças nessas práticas". Segundo Costa, o tratamento da prostituição de crianças e adolescentes deve ser realizado de forma interdisciplinar, com a participação de todos os ministérios. As informações sobre a campanha "Brasil. Quem ama protege", estão disponíveis na página do Ministério do Turismo, no endereço www.turismo.gov.br. Denúncias de casos de exploração sexual contra adolescentes podem ser feitas pelo 0800990500.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo