Atualizada às 13h35
Os caminhoneiros parados na BR-277, sentido Curitiba – Paranaguá, realizam diversos bloqueios na estrada para protestar contra a paralisação das atividades no porto, que resultou na fila gigantesca de caminhões no acostamento da rodovia. Muitos motoristas estão há quase dez dias esperando pelo desembarque da soja sem condições de alimentação e higiene. Até o final da manhã, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) havia registrado sete pontos bloqueados – quilômetros 7, 15, 45, 47, 49, 56 e 64.
Os caminhoneiros reivindicam o pagamento de estadias e horas paradas na rodovia. O valor pedido é de, no mínimo, R$ 500 por dia para cada veículo. Os manifestantes só vão desbloquear a rodovia se as reivindicações forem atendidas e o porto liberado totalmente para o descarregamento dos grãos.
Já nas primeiras horas da manhã, vários caminhões foram atravessados na pista. A iniciativa começou perto da rodovia Alexandra – Matinhos e ganhou adeptos em todo o percurso. A maioria dos bloqueios deixava carros pequenos, ambulâncias e viaturas da PRF seguirem viagem. Caminhões e ônibus estavam proibidos de passar em todos os pontos. Em apenas dois (quilômetros 15 e 45), os caminhoneiros eram irredutíveis e impediram a passagem de todos que chegavam no local.
Os caminhoneiros prometem liberar a pista somente depois de ter garantido o recebimento das diárias. O grande problema é quem será o responsável pelo pagamento. “A transportadora empurra para os sindicatos do porto e o governo. Um joga para o outro e ninguém toma uma providência. Queremos saber quem vai nos ressarcir pelo prejuízo”, comenta Aparecido Chavoni, de Assis Chateaubriand (PR), parado perto do Contorno Leste.
Orientação
A PRF está parando os carros no posto localizado no quilômetro 68 para informar os motoristas sobre os bloqueios. “Nós pedimos que eles peguem caminhos alternativos ou adiar a viagem, se possível”, conta Carlos Alberto Costa, policial rodoviário federal. Quem vai para Paranaguá, Guaratuba e Matinhos, por exemplo, pode viajar pela BR-376, por Garuva. Se o destino for Morretes e Antonina, o caminho sem complicações é pela estrada da Graciosa. (Leia mais na edição de amanhã de O Estado do Paraná)