Caminho do Itupava começa a ser recuperado

A Copel, que utiliza freqüentemente a estrada
para acessar a Usina Hidrelétrica Marumbi, pretende sanar os problemas de
segurança no trajeto. ?Já sofremos alguns acidentes nesse trecho do caminho,
como a perda de materiais e o tombamento de um veículo?, conta Celso Crevilaro,
engenheiro civil da manutenção de usinas da Copel, que também está acompanhando
as obras.

Com a proposta de manter os aspectos originais, a recuperação
do Caminho do Itupava está sendo acompanhada por especialistas da Coordenadoria
de Patrimônio Cultural. Segundo Crevilaro, ?é de extrema importância o auxílio
dos profissionais, já que não temos o interesse de distorcer esse bem
cultural?.

Esta ação, que tem como ênfase a restauração de um caminho
histórico, faz parte de um programa que visa a proteção do Patrimônio Histórico
e Arqueológico da Serra do Mar. Para tanto, a Coordenadoria de Patrimônio
Cultural (CPC), em parceria com Programa Pró-Atlântica da Secretaria de Estado
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), das secretarias de Turismo e da
Segurança Pública e das prefeituras municipais de Quatro Barras e Morretes,
desenvolve a implantação de um plano de ação com o objetivo de recuperar,
preservar, proteger e revitalizar este importante patrimônio histórico e
arqueológico, fortalecendo o turismo e o envolvimento da comunidade local.

Grande parte do Caminho do Itupava está protegido pelo Tombamento da
Serra do Mar e cadastrado como Patrimônio Arqueológico, no Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Originário de antigas trilhas
indígenas, o Caminho do Itupava foi uma das principais vias de comunicação entre
o Primeiro Planalto paranaense e a Planície Litorânea desde o século XVII, até a
efetivação da Estrada de Ferro, Curitiba ? Paranaguá em 1885, quando foi
abandonado. No entanto, propiciou a ocupação e colonização dos Campos de
Curitiba onde, durante dois séculos, contribuiu para o desenvolvimento
sócio-econômico das regiões que interligava.

Hoje o Caminho do Itupava
não tem mais função econômica, porém é um monumental sítio arqueológico que
testemunha um precioso patrimônio cultural e natural, principalmente no trecho
calçado, em plena Floresta Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) na Serra do Mar,
trecho que está em relativo estado de conservação

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