A campanha para manter o Reino Unido na União Europeia se intensificará nesta segunda-feira. O primeiro-ministro David Cameron vai evocar sucessos militares recentes da Grã-Bretanha como prova da necessidade de manter a nação na vanguarda dos assuntos europeus.

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Com pouco mais de seis semanas até a realização do referendo sobre a continuidade da adesão do Reino Unido à UE, aqueles que defendem a saída britânica do bloco de 28 países também aumentam seus esforços para convencer os britânicos a votar pela retirada. O ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, um dos políticos mais proeminentes que apoiam a campanha para o país deixar a UE, também fará um discurso nesta segunda-feira, reforçando os argumentos para a chamada Brexit, na votação prevista para 23 de Junho.

Cameron pretende argumentar que o interesse nacional da Grã-Bretanha será melhor servido ao permanecer como um membro da União Europeia. O primeiro-ministro vai ressaltar que o Reino Unido tem sido um componente central do bloco, e vai lembrar que sempre que o país virou as costas ao continente no passado, “mais cedo ou mais tarde, o Reino Unido veio a se arrepender”.

A expectativa é que, no discurso, Cameron faça referência ao papel da Grã-Bretanha em conflitos históricos, incluindo as duas guerras mundiais e as batalhas de Trafalgar e Waterloo. O primeiro-ministro britânico também planeja dizer que a UE tem ajudado a reconciliar os países “que estavam em conflito havia décadas”, e que o Reino Unido tem “um interesse nacional fundamental na manutenção de um propósito comum na Europa, para evitar futuros conflitos entre países europeus”.

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Suas observações representam um esforço renovado pelo grupo pró-UE para reforçar sua causa como uma opção patriótica, em um debate que divide os eleitores. As pesquisas de opinião mostram essa divisão, com uma pequena vantagem para a opção de aderir ao bloco.

Os defensores da retirada britânica da UE, que incluem outras figuras importantes do partido conservador de Cameron, dizem que a posição internacional do Reino Unido será reforçada por abandonar o bloco. Eles argumentam que no exterior da UE, o Reino Unido, a quinta maior economia do mundo e membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, será capaz de negociar seus próprios acordos de livre comércio e perseguir os seus próprios objetivos de política externa, sem a interferência de Bruxelas.

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Neste domingo, líderes políticos de ambos os lados apresentaram cenários econômicos contrastantes sobre a vida fora do bloco. O chefe do Tesouro do Reino Unido, George Osborne, disse à emissora ITV PLC que sair do mercado único de bens e serviços da União Europeia seria “catastrófico” para a subsistência dos britânicos. Enquanto isso, o secretário de Justiça Michael Gove, um apoiador do Brexit, disse à British Broadcasting que a integração europeia tem prejudicado as economias da região, e que o Reino Unido se desenvolveria melhor fora da União.

Suas observações ocorrem após a divulgação de dados econômicos e pesquisas, que sugerem que a economia desacelerou na fase que antecede a votação. Na última quinta-feira, o Banco da Inglaterra anunciou um novo conjunto de previsões trimestrais para a economia britânica. Economistas esperam que esses dados reforcem a mensagem recente do governo de que a incerteza sobre o resultado do referendo está prejudicando gastos e investimentos. Fonte: Dow Jones Newswires.