Câmara vai decidir sobre voto aberto sem restrições

O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), relator da proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto, vai manter o seu texto já aprovado pela Comissão especial da Câmara, que determina o voto aberto em todas as deliberações do Poder Legislativo. Ele afirmou que não houve acordo para restringir o voto aberto.

Na reunião de ontem dos líderes partidários, o PFL não aceitou o fim do voto secreto para as eleições das mesas diretoras da Câmara e Senado. O texto de Cardozo abole o voto secreto em todas as votações do Poder Legislativo.

A Câmara discute a proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto no Congresso. O PFL apresentou uma proposta para manter o voto secreto apenas nos casos das eleições para as mesas da Câmara e do Senado. Com isso, ficaria abolido o voto secreto para as demais deliberações, como os processos de cassação, vetos presidenciais e indicação de embaixadores.

Há registrado no painel eletrônico a presença de 401 parlamentares. Deputados do PSOL foram a plenário para denunciar que há uma articulação dos parlamentares acusados de envolvimento no esquema dos sanguessugas para esvaziar a sessão. "Estamos preocupados com o fórum. Estamos desconfiados de que ocorreu um golpe", disse a deputada Luciana Genro (PSOL-RS) demonstrando temor de esvaziamento da sessão para evitar a aprovação da proposta.

Para ser aprovada, a proposta de emenda constitucional precisa de 308 votos favoráveis. Alguns deputados levantaram cartazes no plenário com os dizeres "voto ético é voto aberto". A deputada Perpétua Almeida (PT-AC) tem circulado no plenário com uma bandeira do Brasil enrolada no corpo.

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