Câmara deve votar amanhã PEC da verticalização

A Câmara dos Deputados deve votar amanhã a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 548/02) do Senado Federal, que acaba com a chamada verticalização nas coligações partidárias. Se a PEC for aprovada, acaba a obrigatoriedade de o partido repetir nos estados as alianças feitas nacionalmente para a disputa da Presidência da República. A proposta dá autonomia aos partidos para estabelecer as coligações de acordo com os interesses locais e nacionais. A obrigatoriedade da verticalização foi adotada nas eleições de 2002, em cumprimento a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também consta da pauta de votações da Câmara a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 106/99) do ex-deputado, Leur Lomanto que pretende alterar as regras de elegibilidade dos cônjuges e parentes do Presidente da República, dos governadores e dos prefeitos. Pela regra constitucional, são inelegíveis, no mesmo território de jurisdição, o cônjuge e os parentes até o segundo grau dos chefes de Executivo. A regra só não vale para os parentes que já têm mandatos eletivos e são candidatos à reeleição.

A proposta original pretendia acabar totalmente com essa norma constitucional. No entanto, o relator da matéria na comissão especial, deputado André de Paula (PFL-PE), apresentou substitutivo que foi aprovado, mantendo a norma atual da Constituição, mas flexibilizando-a um pouco para permitir que os parentes detentores de mandato eletivo possam se candidatar a qualquer cargo e não apenas à reeleição.

Antes de votar as duas PECs, os deputados precisarão votar duas medidas provisórias que trancam a pauta de votações a partir de hoje (5). A MP 262 abre crédito extraordinário de R$ 30 milhões para o Ministério da Integração Nacional, para assistência às pessoas atingidas pela seca que afeta grandes áreas da Amazônia. A MP 263 concede abono de 13% aos militares das Forças Armadas nos meses de outubro e novembro. A MP foi a forma que o governo encontrou para resolver o impasse, já que o projeto de lei que concede esse aumento somente foi aprovado pela Câmara em 23 de novembro e ainda depende de aprovação do Senado e da sanção presidencial.

A votação do processo que pede a cassação do mandato do deputado Romeu Queiróz (PTB-MG), marcada para quarta-feira (7), deve ser transferida para a próxima semana, já que está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara recurso do parlamentar contra a representação apresentada pelo PL, que propôs a retirada do processo, mas não foi aceito pelo Conselho de Ética. A CCJ marcou para amanhã (6), a votação do recurso. Por decisão da CCJ, o envio do relatório do Conselho ao Plenário da Câmara só poderá ocorrer depois de apreciados os recursos pendentes pela comissão.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo