A Câmara completa nesta semana três meses com a pauta de votações trancada por medidas provisórias. No Senado, a situação também não é muito diferente. Os senadores tiveram dois dias de pauta desobstruída em abril. Ainda não foi levado à votação no plenário, por exemplo, o pacote com 11 projetos de combate à criminalidade aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça em 17 de maio, sob o impacto da onda de violência promovida pelo crime organizado em São Paulo

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Para compensar os atrasos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os líderes partidários mudaram, há uma semana, as regras para queimar etapas na avaliação de projetos que não precisam passar pelo plenário. Renan avalia que falta ao Planalto uma base mais sólida capaz de impor um ritmo de votações: "O governo não tem maioria no Senado". Além disso, ele atribui a baixa presença de senadores nas últimas semanas ao fato de vários deles serem candidatos nas próximas eleições e estarem mais empenhados em suas campanhas

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