Câmara aprova extinção de contratação sem concurso

A Câmara aprovou o projeto que extingue parte dos chamados Cargos de Natureza Especial, CNEs, que podem ser preenchidos por indicação política e sem concurso público. A votação foi simbólica, sem registro no painel eletrônico. Foram extintos 1.050 cargos que estavam vagos desde setembro do ano passado, quando o então presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), demitiu os funcionários. A economia prevista, segundo dados da Direção Geral da Casa, é de R$ 40 milhões por ano com o fim desses cargos.

Ficaram ainda 1.315 CNEs que são destinados a lideranças partidárias, às comissões e a Mesa Diretora. Mesmo com algumas resistências, os deputados decidiram votar a proposta com o argumento de que precisavam mostrar que esse mandato começou com ação positiva. "Precisamos dar uma resposta à sociedade", afirmou o deputado Ricardo Barros (PP-PR).

A discussão não foi fácil e levou quase duas horas. Os deputados apresentaram seis emendas que alteravam a proposta original. O PSOL, que elegeu apenas três deputados, ficou sem os cargos que são distribuídos proporcionalmente ao tamanho das bancadas. "Queremos garantir ao partido uma estrutura de liderança", afirmou o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), explicando que o partido queria manter os 25 cargos que tinha. O deputado Mário Heringer (PDT-MG) apresentou emenda que permitia dividir os cargos, como acontecia anteriormente e que provocou um descontrole do número desses cargos. Outra proposta criava funções comissionadas.

Foram muitas idas e vindas. Em determinado momento os deputados combinavam votar algumas emendas. Com o argumento de que isso poderia significar aumento de cargos, houve recuo. Por fim, decidiram votar o texto original e criar uma comissão para redistribuir os cargos que ficaram para não deixar os pequenos partidos sem nenhuma estrutura de funcionamento.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo