Calmaria política leva Bovespa a fechar em alta

São Paulo (AE) – A ligeira trégua na crise política, já que não houve depoimentos na CPI dos Correios nem nos Conselhos de Ética e Sindicância da Câmara, suplantou a alta do petróleo futuro e os mercados tiveram um dia calmo hoje (24). O dólar caiu 0,79%, para R$ 2,38, o Ibovespa subiu 0,41%, os juros futuros ficaram estáveis, o risco país recuou 0,47%, para 424 pontos-base, e o C-Bond ganhou 0,31%, vendido com ágio de 2 372%. O paralelo subiu 0,11%, para R$ 2,75 na venda.

No mercado cambial futuro, seis vencimentos projetaram queda e o contrato com prazo mais longo, estabilidade. Para 1.º de julho, a previsão é de um recuo de 0,95%. O fluxo de entrada foi positivo, mas pequeno, e houve ajustes finais de posições das tesourarias para a realização de lucros de curto prazo, que ajudaram a enfraquecer as cotações.

Na Bovespa, o movimento financeiro foi muito baixo, só R$ 898 milhões, e a volatilidade foi alta. Mas a Bolsa paulista resistiu à forte alta do petróleo futuro, à preocupação com eventuais denúncias bombásticas pelas revistas semanais e às quedas em Wall Street – o Dow Jones recuou 1,19% e a Nasdaq, 0 84%. Com esse resultado, o Ibovespa passou a acumular baixa de 1 15% em junho e de 4,88% em 2005.

O principal fato político da sexta-feira foi a reunião do presidente Lula com líderes do PMDB, na tentativa de costurar uma nova aliança para não paralisar a administração federal. Um operador comentou que "um acordo desses será bem recebido no mercado. Mas o PMDB é um partido dividido, com uma ala alinhada à oposição, outra independente e uma terceira que quer ficar no governo de todo jeito".

As maiores altas do Índice Bovespa foram de Tractebel ON (7,13%), Tele Leste Celular PN (6,04%) e Cesp PN (5,47%). As maiores quedas foram de Petrobrás ON (2,21%), AmBev PN (2,04%) e Vale ON (1,90%).

No mercado de juros, o dia foi de fraca liquidez e pouquíssima oscilação das taxas. A preocupação com o quadro político e a alta do petróleo continuam inibindo os negócios. O contrato mais negociado, com vencimento em janeiro de 2007, continuou projetando taxa de 17,65% ao ano, pela terceira vez consecutiva. Um operador observou que "mesmo com os problemas políticos, o investidor estrangeiro continua apostando na queda mais intensa do juro".

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