Calheiros oficializa candidatura ao Senado até quarta-feira

Brasília – A menos de uma semana para a eleição para a Presidência do Senado, o atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), apesar de já ter recebido manifestações públicas de apoio de senadores de vários partidos à sua reeleição, ainda não oficializou sua candidatura. À imprensa, o parlamentar tem dito que se houver um nome que represente melhor o PMDB, contará com seu apoio.

O PMDB é a maior bancada na Casa, o que, por tradição, lhe garante a indicação da vaga para a Presidência do Senado. Até a próxima quarta-feira (01), os peemedebistas reúnem-se para homologar a candidatura de Renan Calheiros.

A eleição, no dia 1º de fevereiro, será conduzida pelo senador Efraim Moraes (PFL-PB). O Regimento Interno da Casa estabelece que, na ausência do presidente, o processo eleitoral será conduzido pelo senador mais velho da Mesa Diretora.

Apesar do recesso parlamentar, Calheiros permaneceu em Brasília e despachou quase que diariamente em seu gabinete. Como presidente do Senado, o peemedebista defende a limitação da edição de medidas provisórias pelo presidente da República, e viu aprovada nova regra para o funcionamento da Comissão Mista de Orçamento.

O líder do PFL, José Agripino Maia (RN), já oficializou a candidatura. Ele recebeu apoio do PSDB, partido que juntamente com o PFL formou um bloco na atual legislatura. O PDT, outro partido integrante do bloco, ainda não tomou posição sobre a eleição para a Presidência do Senado.

Entre as propostas do pefelista está a rotatividade na distribuição de relatorias das medidas provisórias editadas pelo presidente. ?O Congresso não pode legislar para privilegiar A ou B. Posições políticas distintas podem ajudar a listar defeitos e qualidades nas matérias. A intenção é o equilíbrio?, defendeu o parlamentar.

Como Calheiros, o líder do PFL também defende a redução da edição das medidas provisórias. ?Podemos retomar as discussões de projetos e temas que não fiquem no dia-a-dia penoso das medidas provisórias ou nos projetos que beneficiam este ou aquele segmento?, afirmou.

Ele também defende que o salário dos parlamentares não ultrapasse o índice de inflação. No seu entender, depois de várias CPIs que desgastaram a imagem do Congresso, está na hora de o Parlamento ?dar o exemplo à sociedade?.

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