O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), incluiu hoje a reforma política entre as prioridades da agenda, ao discursar em almoço promovido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

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Mas defendeu uma adoção gradual da reforma para evitar as resistências encontradas atualmente. O primeiro passo, segundo Calheiros, deverá ser o fortalecimento dos partidos, mediante o aumento do prazo de filiação para concorrer a um cargo eletivo.

A mudança seria completada com a alteração do regimento da Câmara e do Senado para que o espaço político ocupado pelos partidos seja aquele determinado nas urnas, e não os resultantes do crescimento das bancadas após as eleições.

"Isso evitaria esse troca-troca de partidos, essa vergonha que transforma os partidos num albergue de conveniência", afirmou. Nessa etapa, também seria adotada a federação de partidos para permitir que as pequenas agremiações pudessem sobreviver à cláusula de barreira.

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Por essa cláusula, só sobreviverão os partidos que tenham pelo menos 5% dos votos em no mínimo nove Estados. Outras medidas, como a lista partidária, seriam adotadas apenas em 2008 começando com metade das vagas de vereadores, segundo Calheiros.

A outra metade dos vereadores continuaria sendo escolhida por votação individual nos candidatos. A verticalização, segundo Calheiros, deveria vir por último, como conseqüência da reforma, assim como o financiamento público de campanhas.

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Com o financiamento, haveria o fim dos showmícios e o uso de camisetas em campanhas políticas , segundo o senador.