A Caixa Econômica Federal (CEF) pode divulgar amanhã (23) o resultado da sindicância interna aberta para identificar quem violou a conta bancária do caseiro Francenildo dos Santos Costa, mais conhecido como "Nildo". A direção do banco, inicialmente, deu 15 dias para a conclusão do trabalho, prazo que acabaria dia 4, mas agora a CEF está preocupada em se livrar da pressão a que está submetida desde sexta-feira (17), quando vieram a público dados sigilosos do caseiro.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos convocou a vice-presidente de Tecnologia da Caixa, Clarice Coppetti, que presta depoimento amanhã. No Congresso e na internet, não cessou a divulgações de nomes de funcionários apontados como responsáveis pela violação da conta. Também provocou preocupação no banco o rumor de que a Polícia Federal (PF) realizaria uma operação de busca e apreensão no edifício-sede.
Cópias dos extratos chegaram hoje à Caixa. Oficialmente as investigações internas estão "bastante adiantadas", mas nenhum detalhe da sindicância veio a público.
De acordo com a Caixa as investigações começaram antes mesmo da entrega do documento pedido à Revista "Época". Como a investigação envolve a apuração disciplinar por falha cometida por algum funcionário, é natural, segundo a fonte, que a apuração leve algum tempo e que instituição se cerque de cuidado até mesmo para evitar futura contestação na área judicial.
O sistema de informática do banco é gigantesco. De acordo com informações prestadas por Clarice a três senadores da CPI dos Bingos durante reunião realizada ontem (21), transitam diariamente pelos computadores da instituição 200 milhões de operações, além de centenas de sistemas corporativos e empresariais.