A Caixa Econômica Federal lançou um financiamento para casa própria com taxa prefixada, sem cobrança da Taxa Referencial (TR). As taxas variam de 11,9% a 14,5% ao ano, dependendo da forma de pagamento e do valor do imóvel.
A presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho, espera que a nova opção para eleve os empréstimos habitacionais da Caixa para R$ 14 bilhões em 2006, um recorde, que representará aumento de 100% ante 2005.
Antes, haviam lançado empréstimos com taxas prefixadas, sem correção pela TR, Bradesco e Santander Banespa. No caso do Bradesco, os financiamento de até 10 anos têm taxa de 13,5% ao ano e os de prazo entre 10 e 20 anos, de 14%.
O produto financia até 80% do imóvel residencial cujo valor e avaliação é de valor de venda e avaliação de até R$ 350 mil. No Santander, o SuperCasa 20 tem parcelas fixas com juros de 14% ao ano.
Na Caixa, os financiamentos de imóveis de até R$ 130 mil têm taxa de 11,9% para débito em conta ou consignação e 12,9% para pagamento com carnê. Em ambos os casos e também para imóveis entre R$ 130 mil e R$ 350 mil e os acima de R$ 350 mil, o prazo é de 180 meses e o valor máximo de empréstimo corresponde a 80% do valor do imóvel.
A linha de crédito estará disponível nas agências da Caixa até o fim desta semana e vai financiar imóveis novos, usados ou na planta. Até o final do ano, a instituição dispõe de R$ 1 bilhão para créditos desse tipo.
Além das taxas prefixadas, permanece a opção do financiamento pós-fixado, com TR. Nesse caso, as taxas variam entre 9% e 13% ao mês, com prazo de 240 meses, também com empréstimo máximo de 80% do valor do imóvel. No caso da opção com taxa pós, a taxa mínima para imóveis avaliados em até R$ 130 mil passará de 10% para 9%, enquanto a taxa máxima, para imóveis acima de R$ 350 mil, cai para 12,5%.
Segundo Maria Fernanda, de janeiro a outubro a Caixa emprestou R$ 11,1 bilhões para habitação, volume 104% superior ao de igual período de 2005. O ritmo de crescimento possibilitará superar com folga a meta inicial de R$ 10,3 bilhões.
Dos R$ 14 bilhões estimados para 2006, R$ 9,4 bilhões deverão estar vinculados ao FGTS e 75% do total irão para famílias com renda de até cinco salários mínimos. O porcentual do FGTS para essas famílias se manterá em 86%.