Caixa Econômica suspende Construcard em cinco cidades

A Caixa Econômica Federal (CEF) suspendeu a contratação do Construcard, linha de financiamento destinada à compra de material de construção nas cidades do Rio de Janeiro, Teresina, Caruaru, Belém e São Luís. O motivo foi a elevada inadimplência dessa linha de crédito nessas regiões, nível que, segundo a Caixa, ultrapassa 20%. De acordo com o diretor de Crédito da instituição, Carlos Henrique Custódio, a suspensão é provisória e durará o tempo necessário para que a instituição faça um levantamento das razões que estão levando muitos clientes a não quitarem seus débitos.

Para forçar a queda do índice de inadimplência no Construcard, a Caixa adotou, em vários outras regiões do País, a exigência de garantias adicionais para a concessão do financiamento. O diretor explicou que, antes da inadimplência alcançar esse nível, a exigência para o acesso à linha de crédito era simplesmente o aval ou fiança. Agora, dependendo da praça, a Caixa pede a apresentação de garantias reais, como a hipoteca da casa ou do carro.

A Caixa está pedindo garantias adicionais em algumas regiões da Grande São Paulo (bairros de Pinheiros e Santana e em Santo Amaro), e também na Baixada Santista e no Vale do Paraíba. Além disso, a lista inclui Pelotas, Palmas, Cuiabá, Porto Alegre Fortaleza, Manaus, Brasília, Salvador, Recife, Niterói, Itabuna João Pessoa, Curitiba, Santa Maria, Maceió, Aracaju e Belo Horizonte.

O diretor da Caixa admitiu que a solicitação de garantias adicionais vem provocando reclamações dos clientes. "Não é nossa intenção pedir garantias de valor excessivo, mas apenas o suficiente para a cobertura do valor do empréstimo", argumentou.

Pelos dados da Caixa, o Construcard possui 92 mil contratos ativos, com empréstimos que totalizam R$ 1 bilhão. O programa financia a compra de material de construção. No caso de famílias de baixa renda, a fonte de recursos é o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Para a classe média, os financiamentos são feitos com recursos próprios. O financiamento pode chegar a R$ 180 mil, dependendo da renda do cliente.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo