A Caixa Econômica Federal (CEF) já deve colocar à disposição dos mutuários no mês que vem as novas linhas de crédito habitacional com as medidas anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (13) pelo vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da instituição, Fernando Nogueira. De acordo com ele, a instituição está desenhando os novos produtos e deve definir os detalhes na semana que vem. O executivo lembrou, porém, que algumas das novidades não precisam de alterações em decretos e regulamentações e o lançamento dos produtos dependerá também disso.

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Entre as medidas anunciadas ontem, está o crédito habitacional consignado, com desconto das prestações no salário do mutuário, e o financiamento com taxa de juros fixa, sem a Taxa Referencial de Juros (TR).

Volume

Nogueira disse que a Caixa alcançou ontem a marca de R$ 10 bilhões em crédito imobiliário contratado este ano e que "mantido esse ritmo, pode chegar a R$ 13 bilhões". O orçamento da instituição para a área era de R$ 10,3 bilhões para este ano para financiamento de 450 mil unidades habitacionais. Se o volume de crédito alcançar os R$ 13 bilhões, Nogueira acredita que seria possível financiar 580 mil residências, muito acima da média de 2003 a 2005, que foi de 408 mil unidades.

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De acordo com ele, a CEF tem 65% do mercado nacional de crédito imobiliário em valor e 90% da quantidade de contratos do mercado. O superintendente regional da Caixa no Rio de Janeiro, José Domingos Vargas, afirmou que "o conjunto de medidas anunciadas abrem um leque de possibilidades de produtos a serem desenhados e customizados e vão gerar um movimento saudável de competição".

Custo

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Segundo Vargas, "o crédito consignado certamente irá reduzir juros no médio prazo". No entanto, em quanto os juros serão reduzidos ou os prazos poderão ser alongados com o conjunto de medidas "dependerá do ajuste que se dará pela competição (entre bancos)".

Vargas afirmou ainda que as reduções do IPI sobre itens típicos de material de construção como chuveiros e bidês, assim como a inclusão de micro e pequenas empresas do setor no Simples, devem diminuir o custo das unidades habitacionais.