Caixa deve lançar crédito com novas medidas em outubro

A Caixa Econômica Federal (CEF) já deve colocar à disposição dos mutuários no mês que vem as novas linhas de crédito habitacional com as medidas anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (13) pelo vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da instituição, Fernando Nogueira. De acordo com ele, a instituição está desenhando os novos produtos e deve definir os detalhes na semana que vem. O executivo lembrou, porém, que algumas das novidades não precisam de alterações em decretos e regulamentações e o lançamento dos produtos dependerá também disso.

Entre as medidas anunciadas ontem, está o crédito habitacional consignado, com desconto das prestações no salário do mutuário, e o financiamento com taxa de juros fixa, sem a Taxa Referencial de Juros (TR).

Volume

Nogueira disse que a Caixa alcançou ontem a marca de R$ 10 bilhões em crédito imobiliário contratado este ano e que "mantido esse ritmo, pode chegar a R$ 13 bilhões". O orçamento da instituição para a área era de R$ 10,3 bilhões para este ano para financiamento de 450 mil unidades habitacionais. Se o volume de crédito alcançar os R$ 13 bilhões, Nogueira acredita que seria possível financiar 580 mil residências, muito acima da média de 2003 a 2005, que foi de 408 mil unidades.

De acordo com ele, a CEF tem 65% do mercado nacional de crédito imobiliário em valor e 90% da quantidade de contratos do mercado. O superintendente regional da Caixa no Rio de Janeiro, José Domingos Vargas, afirmou que "o conjunto de medidas anunciadas abrem um leque de possibilidades de produtos a serem desenhados e customizados e vão gerar um movimento saudável de competição".

Custo

Segundo Vargas, "o crédito consignado certamente irá reduzir juros no médio prazo". No entanto, em quanto os juros serão reduzidos ou os prazos poderão ser alongados com o conjunto de medidas "dependerá do ajuste que se dará pela competição (entre bancos)".

Vargas afirmou ainda que as reduções do IPI sobre itens típicos de material de construção como chuveiros e bidês, assim como a inclusão de micro e pequenas empresas do setor no Simples, devem diminuir o custo das unidades habitacionais.

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