Desde 2000, o Tribunal de Contas da União recomendou reiteradamente à Caixa que buscasse maneiras para combater a concentração de serviços estratégicos das loterias nas mãos de uma única empresa, a G-Tech. O objetivo seria o de melhorar a segurança e evitar fraudes.
Entretanto, a G-Tech mantinha diversas ações na Justiça Federal, alegando que teria prejuízo com esse fracionamento dos serviços. Essas ações impediam a Caixa de dividir entre vários contratos menores os serviços que até hoje a G-Tech presta sozinha.
Segundo o TCU, o monopólio da G-Tech é prejudicial ao bolso do contribuinte. O órgão de fiscalização também já recomendou que a empresa e mais 6 ex-dirigentes da Caixa durante o governo Fernando Henrique Cardoso acusados de facilitar os reajustes de preços pagos pelos serviços da G-Tech devolvam aos cofres públicos R$ 92 milhões.
Recentemente, segundo a assessoria de imprensa da Caixa, o Tribunal Regional Federal da 1a. Região recusou recurso encaminhado pela G-Tech e considerou que a empresa agia de “má-fé”. Determinou ainda que a empresa indenizasse a Caixa pelos prejuízos causados em decorrência do processo.
Ainda segundo a assessoria, com essa decisão do STJ, a Caixa está liberada para retomar as licitações relativas às loterias.”Essa nova decisão significa o reconhecimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, do posicionamento arduamente defendido pela Caixa em defesa do interesse público”, afirma o presidente da instituição, Jorge Mattoso, segundo a assessoria.
Direito
Em 2003, a Caixa negociou um aditamento (renovação) do contrato que a empresa mantinha com a G-Tech desde 1997. No início do ano, o TCU divulgou um acórdão em que conclui que as ações da empresa de origem norte-america contra a Caixa revelavam “grilhões que prendem o banco a contrato aparentemente oneroso?. O documento do TCU era assinado pelo relator Benjamin Zymler e datado de 24 de março.
O documento do TCU foi uma resposta do órgão a representação da G-Tech contra a Caixa, alegando que eram ?inadequadas? as licitações que o banco pretendia fazer para dividir os serviços de processamento eletrônico das loterias.
Também no início do ano, a G-Tech chegou a divulgar nota em que defendia seu ?direito? de propor à Caixa o modelo que entendia ser melhor para seu cliente brasileiro.
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