Acabou a novela: Edmundo não vai se aposentar. Quem garante são o técnico do Palmeiras, Caio Júnior, e o gerente de futebol, Toninho Cecílio. "Vamos colocar um ponto final nessa história. Conversamos com o Edmundo e deixamos claro que o queremos no time. Ele disse que teve uma oscilação de humor e por isso pensou em parar. Mas tem contrato e vai continuar aqui", disse Toninho.
O gerente disse ainda que acha quase impossível que Edmundo aceite a proposta do futebol norte-americano para defender o New York Red Bulls, mas o clube ainda não pretende renovar o contrato com ele até o fim de 2008. "Não vamos renovar agora, o vínculo termina só em dezembro", disse.
Toninho tem 39 anos, só três a mais que Edmundo. Caio está com 42. Ambos pararam de jogar em 2002 e sentiram na pele o quanto é difícil encerrar a carreira. "Foi por isso que eu e o Caio nos colocamos à disposição do Edmundo para conversar sobre esse assunto delicado", disse o ex-zagueiro, que jogou no Palmeiras até 1992 – Edmundo chegou no início do ano seguinte.
Até o goleiro Marcos, que se recupera de uma fratura no braço esquerdo, ajudou a amansar o Animal. "Vem cá, Edmundo, me dá um abraço, você está precisando é de carinho", disse o goleiro, rindo, ao reencontrar o amigo no CT, terça-feira. Ele disse que, ao ver Edmundo às lágrimas e falando em parar de jogar, logo depois do empate de domingo contra o Guaratinguetá, logo viu que era apenas um desabafo provocado pela emoção da partida.
Segundo Marcos, Edmundo ficou mais abalado que qualquer outro atleta após os fracassos no Paulistão e principalmente na Copa do Brasil – contra o Ipatinga, ele errou um pênalti e o time acabou eliminado da competição. "O Edmundo é um ídolo e carrega uma responsabilidade enorme nas costas", disse o goleiro, que volta a treinar com bola na semana que vem – não joga desde o dia 11 de março, quando se contundiu no jogo contra o Juventus. A expectativa da comissão técnica é que ele possa voltar na estréia do time no Brasileiro, no dia 13 de maio, contra o Flamengo, no Rio.