O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (24) que os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que devem ser divulgados amanhã, serão os melhores da história do levantamento. Ele não adiantou quais serão os números, mas disse que essa foi a informação que recebeu dos técnicos do ministério.
"Só teremos os números amanhã, mas a informação que tive e a única que eu posso adiantar é que foram os melhores números da pesquisa do Caged na história", declarou, após participar do seminário "Organização Sindical e Relações de Trabalho – A luta dos trabalhadores na Itália e no Brasil", realizado pela CUT no Hotel Braston, em São Paulo. Esta será a primeira divulgação do Caged desde que Lupi assumiu a pasta.
O Caged registra as contratações e demissões de trabalhadores regidos pela CLT, em todo o país. Em 2006, foram criados no País 1.228.686 postos de trabalho a mais que as dispensas ocorridas. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, em janeiro de 2007 foram gerados no Brasil 105.468 empregos com carteira assinada. Em fevereiro, foram criados 148.019 novos empregos com carteira assinada.
O ministro informou também que tem uma reunião marcada com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na quarta-feira da próxima semana para discutir a retirada dos recursos de Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) da Desvinculação de Receitas da União (DRU). Ele não quis informar qual será sua proposta, mas admitiu que está disposto a negociar a redução do porcentual nos recursos do FAT, hoje em 20%, para 10%. "Vou apresentar a proposta no dia, mas, por enquanto, deixe eu guardar segredo", brincou.
O ministro voltou a dizer que Banco Barclays, que comprou o ABN Amro, precisa assumir o compromisso de manter os empregos dos trabalhadores no País. "Se há recursos para comprar um banco do porte do ABN Amro, tem que haver recursos para manter os postos de trabalho e acho que isso vai acontecer", finalizou.
