Um café da manhã com a presença de 11 ministros de Estado – incluindo Antonio Palocci, da Fazenda – e todos os líderes dos partidos aliados vai selar a ofensiva do governo para eleger o candidato oficial do PT, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), à Presidência da Câmara. A três dias da eleição e em meio às especulações de que a decisão poderia ficar para um segundo turno, impondo novos desgastes políticos ao governo, o encontro de hoje, na casa do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), está sendo considerado decisivo para consolidar a candidatura do candidato oficial do PT e mostrar unidade entre os ministros e os líderes dos partidos afinados com o Planalto.

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Um apelo será feito aos ministros para que peçam votos de deputados de seus partidos e assumam a responsabilidade com o momento político. Na avaliação dos governistas, uma eventual derrota de Greenhalgh comprometeria a governabilidade e o esquema de sustentação política do governo. Além disso, referendaria a desobediência partidária que vem tomando conta da Câmara neste processo eleitoral, desde que o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) lançou seu nome como candidato avulso, contrariando a decisão da bancada do PT.

O café servirá também para que os líderes relatem as dificuldades que têm encontrado nas bancadas por conta do tratamento, até mesmo hostil, de alguns ministros com deputados aliados. O clima de descontentamento com a demora em conceder audiências e a não liberação de recursos orçamentários de emendas parlamentares tem, na avaliação de aliados governistas, prejudicado a candidatura de Greenhalgh. Os dois principais alvos de críticas, os ministros Ciro Gomes (Integração Nacional) e Humberto Costa (Saúde), estarão presentes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, inclusive, adiar o embarque para Caruaru (PE), para possibilitar que os dois integrantes de sua comitiva possam participar do café

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