É manchete do Cotidiano. Desta feita, na semana de 22 a 27 de novembro anotamos que oito presos escaparam de cadeias do interior do Paraná entre a noite desta quarta-feira e a manhã desta quinta. As informações são do telejornal Paraná TV. A primeira fuga foi em Cianorte. Dois presos arrombaram o cadeado da cela e saíram enquanto o carcereiro servia o jantar. A segunda fuga foi em Irati, onde o policial de plantão foi rendido quando abriu a cela para atender um preso que dizia estar passando mal. Seis detentos fugiram. Esta foi a terceira vez em menos de um mês. De 15 presos que fugiram nas duas primeiras vezes, apenas dois foram recapturados. Com capacidade para 30 presos, a cadeia de Irati abriga 70.

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Na madrugada de sexta-feira, outra tentativa de fuga foi registrada na DFRV, no local que abrigava 20 presos. Essa situação também foi contornada pelos plantonistas. Atualmente, a DFRV está com 150 presos, sendo a capacidade máxima estimada para 70. Desde a última terça-feira, a especializada está sob novo comando. O delegado Itiro Hashitami assumiu a DFRV e já foi recepcionado pelos detentos com duas tentativas de fuga. Essas situações foram frustradas graças ao novo sistema de escalonamento de plantonistas adotado na DFRV. De acordo com o superintendente, agora ficam cinco policiais no plantão da delegacia enquanto há a equipe de apoio, com outros cinco policiais. Cabe a essa equipe de reforço atender ocorrências na cidade e fazer monitoramento externo do prédio da DFRV. Foi através desse monitoramento que a fuga foi impedida.

A resposta a tal estado de coisas é simples. As cadeias, pela forma como são administradas, são locais imprestáveis à custódia de presos. Afora a questão relacionada ao excesso, vivendo aqueles que se encontram privados de liberdade em condições subumanas, urge que pessoal especializado venha a tomar conta da situação. E pessoal com tal qualificação, só encontramos no Sistema Penitenciário, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania.

O que representam tais fugas em termos de segurança ???

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Que outros crimes praticarão depois de passarem algum tempo (?) nas lastimáveis condições em que se encontram estes locais ???

Oxalá alguém desperte para que algo pior não venha a acontecer.

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Maurício Kuehne é professor da Faculdade de Direito de Curitiba; presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Paraná e 2.º vice-presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.