No momento de discutir a essência do relacionamento do governo com os meios de comunicação social, tanto no aspecto da informação quanto na propaganda oficial, surge apreciável colaboração da Polícia Federal.

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Com base em laudo produzido por seu Instituto de Criminalística, a PF assegura que a DNA Propaganda, empresa da qual Marcos Valério Fernandes de Souza era sócio principal, apropriou-se de forma indevida de pelo menos R$ 39,5 milhões, de recursos do Banco do Brasil no Fundo Visanet.

Foi exatamente essa uma das conclusões da CPI dos Correios, abjurada até hoje pelo governo, mas finalmente desvendada pela competente ação policial. O dinheiro depositado com a anuência do Banco do Brasil na conta da DNA era sacado na boca do caixa por Marcos Valério.

O nexo foi estabelecido com a descoberta de números de contas bancárias, valores, datas e locais de saques. O laudo confirma de forma inapelável que dinheiro do BB acabou lastreando os empréstimos obtidos pelo PT para alimentar o caixa dois entre 2001 e 2005, especialmente quando a demanda dos mensaleiros era mais intensa.

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O procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, tem motivos de sobra para alegrar-se ante a constatação de que a quadrilha denunciada ao Supremo não é produto da imaginação. Cadeia neles!