O Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro (CCS), que começa a funcionar em julho, permitirá a identificação rápida de "laranjas", pessoas que aparecem como titulares de contas que são movimentadas por outras. Os "laranjas" são figuras freqüentes em crimes financeiros.

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Destinado a facilitar a investigação desse tipo de ilegalidade, o CCS será uma base de dados eletrônica no Banco Central com informações sobre todas as pessoas físicas e jurídicas com relacionamento com as instituições financeiras. Alimentado pelos bancos, o cadastro terá não só o nome dos titulares da conta, como também o de procuradores e representantes legais associados a ela, destacou o chefe do Departamento de Combate a Ilícitos Cambiais e Financeiros do BC, Ricardo Liáo, em entrevista hoje (30) na Associação dos Bancos do Estado do Rio de Janeiro (Aberj).

O CCS também vai reduzir substancialmente o prazo que o BC leva para responder a requerimentos da Justiça sobre com quais bancos determinada pessoa física ou jurídica se relaciona. Hoje, esse prazo é de até 75 dias e com o CCS será possível responder no dia seguinte com informações atualizadas até três dias úteis antes.

O número de pedidos do Judiciário ao BC subiu de 376 mil em 2003 para 583 mil em 2004. O CCS vai permitir o cruzamento dos seus dados com os do sistema eletrônico de comunicação do BC com o Judiciário, minimizando a influência pessoal no trânsito de informações desse tipo. Os ofícios emitidos em papel – 116 mil no ano passado – continuarão a ter que ser digitados pelo BC para entrar no sistema.

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