A máfia dos caça-níqueis movimenta R$ 300 milhões por mês em São Paulo. Levantamento feito pela polícia mostra que existem 300 mil máquinas espalhadas por bingos, bares, lanchonetes, padarias e lotéricas de todos os municípios do Estado. Quarenta empresas estão por trás do negócio, a maioria delas ligada a donos de bingos ou a antigos bicheiros.
O levantamento é resultado de uma semana de trabalho da Operação Caça-Níquel, deflagrada pela Polícia Civil na semana passada com a apreensão de máquinas. "As empresas estão identificadas, e a maioria dos empresários, também", afirmou o delegado Aldo Galiano Junior, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). Por enquanto, cerca de 10 mil caça-níqueis foram apreendidos no Estado e duas fábricas das máquinas foram fechadas na capital pelos policiais.
Entre as descobertas da polícia está o lugar em que era programada a probabilidade de os apostadores ganharem. A maioria saía com apenas 10% de chance de o jogador ganhar o prêmio. "Nosso inquérito apura contrabando, estelionato, crime contra a economia popular e formação de quadrilha", disse o delegado.
As máquinas não são mais os alvos da polícia, mas as empresas que controlam os caça-níqueis. Segundo Galiano, os contratos que os donos das máquinas fazem com os comerciantes são fajutos. Como donos dos caça-níqueis aparecem laranjas e empresas com CNPJ inativo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
